Além da expectativa com a chegada do filho, a angústia de cada mãe é onde realizar o parto e em que condições o bebê virá ao mundo. Para qualificar a atenção à saúde da gestante e do recém-nascido e, com isso, reduzir a mortalidade materno-infantil e sequelas que possam afetar a saúde da criança, a Região Central está organizando a Rede de Atenção ao Parto e Nascimento.
Mais um passo foi dado ontem, em Santa Maria, onde secretários de Saúde de municípios da região e representantes da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) definiram os hospitais que são referência para o atendimento a gestantes.
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O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), a Casa de Saúde (Santa Maria) e o Hospital de Caridade de Santiago são as três instituições que atendem aos critérios estabelecidos pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A comissão é um fórum de negociação entre o Estado e os Municípios na implantação e operacionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a primeira etapa para que a rede se consolide.
Os casos considerados de médio e baixo risco serão encaminhados para a Casa de Saúde, em Santa Maria, e para o Hospital de Caridade, em Santiago. Para essas instituições, estão previstos recursos financeiros para a realização desses procedimentos. Já as situações de alta complexidade terão como destino o Husm. Nesse caso, não haverá repasse de recursos do Estado por se tratar de uma instituição federal.
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Segundo a enfermeira e coordenadora da Política de Saúde da Mulher da 4ª CRS, Daiana do Nascimento Soares, a definição das instituições de referência é o primeiro passo para a regionalização do serviço de atenção ao parto de risco habitual pelo SUS. Isso assegura o acesso das gestantes a serviços hospitalares habilitados para este fim.
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– Esses três hospitais são os que atendem os critérios da resolução da CIB. Agora, o documento com essa definição das referências será encaminhado ao governo do Estado para avaliação – explica Daiana.
Depois da aprovação, pelo Estado, ainda deverá ser feita uma reunião com os gestores desses três hospitais para os acertos finais. Após, é feita a assinatura do termo de adesão entre os municípios e as instituições de saúde.
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REPERCUSSÃO
Para o secretário de Saúde de São Sepé, Marcelo Ellwanger, a regionalização do atendimento a gestantes traz alguns questionamentos. Segundo ele, uma das preocupações dos municípios do interior é com o custo que o transporte das gestantes vai gerar, além da própria segurança das mães e dos bebês.
– Com a resolução, nós, de municípios menores, vamos poder atender somente casos de urgência e emergência. Mas, vamos buscar nos adequar para atender a resolução – explica.
Para a secretária adjunta de Saúde de Santa Maria, Liliane Mello Duarte, a definição de dois hospitais do município como referência é o reconhecimento da qualificação dos serviços:
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– Para a cidade, receber essa demanda contribui para melhorar ainda mais os serviços, uma vez que haverá aporte financeiro para esses procedimentos.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) explica que a proposta é organizar a Rede de Atenção ao Parto e Nascimento de forma regionalizada. O plano não proíbe que hospitais de pequeno porte realizem partos, desde que sigam as exigências da vigilância sanitária. O aporte de recursos, porém, será menor, de acordo com a tabela SUS.